segunda-feira, 26 de novembro de 2012


Brasileiros produzem diamantes em laboratório
Processo envolve a activação de um gás
2012-01-03

“Diamonds are a girl's best friend” (os diamantes são os melhores amigos das mulheres), já cantava a Marilyn Monroe, em «Os homens preferem as loiras». Esta forma alotrópica do carbono, de fórmula química C, é comercializada como uma gema preciosa e o valor que lhe é agregado reside no facto de ter total ausência de impurezas e de cor.

No entanto, para uso industrial, são escolhidos diamantes, sendo estes mais acessíveis e desenvolvidos a partir de estudos em laboratório. Podem ter diversas aplicações, como ferramentas de corte, perfuração de rochas para extracção de petróleo no pré-sal.

Um projecto temático de “Novos materiais, estudos e aplicações inovadoras em diamante-CVD, diamond-like-carbon (DLC) e carbono nanoestruturado obtidos por deposição química a partir da fase vapor” está a ser desenvolvido no Laboratório Associado de Sensores e Materiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, no Brasil e visa avançar no conhecimento básico sobre diamantes produzidos artificialmente.

A equipa trabalha com materiais de carbono produzidos por meio de técnicas de deposição química a partir da fase de vapor – um processo conhecido internacionalmente pela sigla CVD, de Chemical Vapor Deposition. O processo envolve a activação de um gás, o que pode ser feito ao se alterar a temperatura, fazer um plasma ou, no caso de diamante, pelo uso de filamento aquecido.

A partir de reacção desse gás reactivo é feita a deposição de materiais sobre superfícies, processo conhecido como “crescimento” e usado para produzir o diamante CVD, o DLC (diamond-like carbon) e os nanotubos de carbono.

Geralmente, os diamantes são formados em camadas profundas, em ambientes de alta pressão e temperatura elevada e estes exemplares mantêm característica semelhantes às dos encontrados na natureza, sendo também condutores térmicos e transparentes.

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