Brasileiros produzem diamantes em laboratório
Processo envolve a activação de um
gás
2012-01-03
“Diamonds are a girl's best friend” (os diamantes são os melhores amigos das mulheres), já cantava a Marilyn
Monroe, em «Os homens preferem as loiras». Esta forma alotrópica do
carbono, de fórmula química C, é comercializada como uma gema preciosa e
o valor que
lhe é agregado reside no facto de ter total ausência de impurezas e de cor.
No entanto, para uso industrial, são
escolhidos diamantes, sendo estes mais acessíveis e desenvolvidos a partir de
estudos em laboratório. Podem ter diversas aplicações, como ferramentas de
corte, perfuração de rochas para extracção de petróleo no pré-sal.
Um projecto temático de “Novos
materiais, estudos e aplicações inovadoras em diamante-CVD, diamond-like-carbon
(DLC) e carbono nanoestruturado obtidos por deposição química a partir da fase
vapor” está a ser desenvolvido no Laboratório Associado de Sensores e
Materiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais,
no Brasil e visa avançar no conhecimento básico sobre diamantes produzidos
artificialmente.
A equipa trabalha com materiais de carbono produzidos por meio de técnicas de
deposição química a partir da fase de vapor – um processo conhecido internacionalmente
pela sigla CVD, de Chemical Vapor Deposition. O processo envolve a activação de
um gás, o que pode ser feito ao se alterar a temperatura, fazer um plasma ou,
no caso de diamante, pelo uso de filamento aquecido.
A partir de reacção desse gás reactivo é feita a deposição de materiais sobre
superfícies, processo conhecido como “crescimento” e
usado para produzir o diamante CVD, o DLC (diamond-like carbon) e os nanotubos
de carbono.
Geralmente, os diamantes são formados em camadas profundas, em ambientes de
alta pressão e temperatura elevada e estes exemplares mantêm característica
semelhantes às dos encontrados na natureza, sendo também condutores térmicos e
transparentes.
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